abril 27, 2022

Dosagem de PAC (policloreto de alumínio) em Estação de Tratamento de Efluentes

Policloreto de alumínio – PAC – é um produto com um alto grau de pureza, um sal de alumínio muito utilizado no tratamento de efluentes industriais.

A utilização de coagulantes é indispensável para o adequado processo de clarificação da água e efluentes. No caso, o PAC é um coagulante inorgânico altamente eficiente.

 

O que é uma estação de tratamento de efluentes?

Esta estação é onde acontece o tratamento dos efluentes industriais, onde são realizados os procedimentos essenciais para o tratamento e o descarte correto de resíduos, o qual só é possível em ETEs.

Nestas estações há uma infraestrutura física e tecnológica para realizar tal processo com segurança e responsabilidade ao devolver à natureza os efluentes de modo que não ofereçam qualquer risco à vida. 

Estas estações são automatizadas, e para funcionarem de acordo com a lei, precisam ter licenciamento ambiental. Por este motivo, algumas indústrias têm suas próprias estações e outras terceirizam o processo. 

 

O que são efluentes?

Os efluentes são resíduos resultantes de ações humanas e industriais, portanto, dividem-se em dois tipos: domésticos e industriais, de consumo ou produtivos, os quais são descartados no meio ambiente na forma líquida ou gasosa.

Efluentes gasosos são, por exemplo, gases expelidos pelas chaminés industriais. E efluentes líquidos, por sua vez, originam-se em várias fontes, tratando-se da água envolvida em algum tipo de poluente, como matéria orgânica, compostos químicos etc.

De acordo com o IBGE, há vários corpos hídricos poluídos no Brasil, que necessitam de tratamento e que estão impactando, e muito, o meio ambiente. 

As Estações de Tratamento de Efluentes brasileiras são as responsáveis pelo processo de limpeza de tais efluentes. 

Veja o exemplo do Rio Tietê – altamente comprometido, poluído, apresentando uma extensa faixa considerada como morta, por não haver oxigênio capaz de acolher vida naquela água. Imagine a quantidade de resíduos tóxicos recebidos por este rio. 

Tratar os resíduos líquidos descartados na natureza, em grande parte de maneira inapropriada, é vital para evitar que o meio ambiente seja contaminado e doenças de veiculação hídrica se propaguem. 

Os efluentes podem ser: oleosos livres e emulsionados, orgânicos, metal líquido, metal gasoso, contaminantes emergentes oriundos de hospitais, além de indústrias e residências etc.

E o que são coagulantes?

Coagulantes são substâncias naturais ou químicas normalmente utilizadas para tratar águas e efluentes industriais. Sua função é neutralizar flocos de cargas negativas e livrar a água de impurezas. 

Coagulação é introduzir na água produtos que neutralizem cargas de colóides. 

Entre os produtos coagulantes temos: sulfato de alumínio, sulfato ferroso, sulfato férrico, aluminato de sódio e o policloreto de alumínio ou PAC.  Os coagulantes mais utilizados nas Estações de Tratamento de Água ou Efluentes são os sais de alumínio, entre eles estão o Sulfato de Alumínio e o PAC.

O uso de PAC em ETEs

O PAC é um coagulante potente, que faz com que se formem flocos de cargas negativas, muito rapidamente. É um produto muito fácil de ser manuseado e dosado.

Geralmente utilizado em processos de tratamento de água, esgoto, petróleo, mineração e açúcar.

As soluções de tratamento de efluentes devem ser aplicadas de maneira responsável, de modo a não afetar o meio ambiente. Também de maneira que não afete a vida útil dos equipamentos utilizados no processo. 

Qual a dosagem ideal para o tratamento?

Sobre a dosagem de PAC, é indicada conforme as características da água a ser tratada e de acordo com a carga poluidora e a presença de contaminantes, mediante estudo sobre as características do efluente.

Devem-se realizar análises quantitativa e qualitativa das substâncias presentes no efluente. Também são medidos parâmetros como pH, temperatura, cor, turbidez, alcalinidade, oxigênio dissolvido e a vazão, de modo a viabilizar o tratamento.

Esse tratamento deve ser feito sem prejudicar a qualidade da água e deve ser ambientalmente correto. Os aditivos devem ser dosados com precisão e os processos perfeitamente elaborados, de modo a economizar custos. 

O tratamento de efluentes, portanto, tem relação com especificidades químicas, físicas e biológicas, e considera a carga orgânica e tóxica dos efluentes. Havendo, para isso, três processos: físicos, químicos e biológicos.

Processos físico, químico e biológico

Os processos físicos envolvem gradeamento, peneiramento, caixas que separam sedimentação, gordura, flotação (separar líquidos de sólidos por meio de nuvens com microbolhas de ar que arrastam as impurezas de forma suspensa para a superfície).

Todo esse processo ajuda na remoção de matérias orgânicas e inorgânicas e micro-organismos.

Os processos químicos, por sua vez, envolvem produtos químicos, tais como: coagulantes, floculação (formação de flóculos que carregam a sujeira), neutralização de pH e desinfecção.

Este processo remove matérias orgânicas e inorgânicas, nutrientes, entre outras, por meio de reação química.

O processo físico-químico, portanto, remove contaminantes por meio de reações que separam o sólido do líquido. 

Os processos biológicos objetivam a remoção de matérias dissolvidas e em suspensão, transformadas em flocos biológicos e gases. A matéria orgânica contaminante é degradada e digerida por microrganismos (bactérias, protozoários e algas). Sendo esta uma solução bastante econômica.

Esta solução remove o potencial contaminante do efluente, seja material orgânico, bactérias e outros que afetem a água, realizado por meio de processos aeróbicos (oxigênio presente) e anaeróbicos (ausência de oxigênio). 

Em resumo, este processo, se utiliza de bactérias e microrganismos que consomem a matéria orgânica poluente através do processo respiratório.

As etapas do tratamento

É indispensável definir a destinação do efluente para que se possa também definir o processo a ser adotado. 

Hoje, a tecnologia dispõe de equipamentos apropriados para o tratamento de efluentes, conferindo rapidez e qualidade ao processo de depuração em conformidade com as normas, seguindo todo o seu rigor. 

Quando tratamos um efluente, o seu descarte não se torna inadequado ao meio ambiente. Deste modo, no que diz respeito às etapas do tratamento, tem-se:

Preliminar: separação de sólidos por meio de gradeamento (grades metálicas usadas como barreiras) e desarenação (remoção de flocos de areia sedimentada). 

Tratamento primário: aplicação de processos físico-químicos para remoção dos sólidos em suspensão sedimentar, materiais flutuantes e matérias orgânicas, com a aplicação de produtos químicos para neutralização da carga, seguido de floculação e decantação.

Tratamento secundário: aplicação de processos bioquímicos aeróbicos ou anaeróbicos para remoção de matéria orgânica não extraída no momento primário. 

Tratamento terciário: processo avançado, quando a água pode retornar aos recursos hídricos, tendo-se aí a possibilidade de reuso com fins não potáveis. 

Cada uma dessas etapas exige um controle em suas medidas e aplicação, considerando a sustentabilidade para que se evite o crime ambiental, levando prejuízo à saúde e ao cotidiano de pessoas e empresas. 

Há tratamentos de efluentes específicos para indústrias de papel e celulose, química, hotéis e resorts, para geração de energia, entre outros. 

Afinal, na produção, quase nada funciona sem água, por isso, os efluentes devem ser eficazmente depurados. 

Quais são os benefícios?

Os benefícios abrangem de maneira potencial o ambiente e o investimento. 

No tocante ao ambiente, se não forem seguidas medidas legais de tratamento, lançando-se efluentes de modo irresponsável, o meio ambiente sofre demasiadamente com essa falta de cuidado. 

No que diz respeito a investimento – à parte financeira – é possível evitar despesas com o reaproveitamento de água, o tratamento correto evita multas etc., por exemplo. 

A legislação é específica para esses tratamentos de efluentes, para que o respectivo descarte não contamine todo o corpo sanitário. 

O Conselho Nacional do Meio Ambiente estabelece parâmetros em relação aos efluentes que voltam à natureza, por meio da Resolução nº 357, que, inclusive, prevê sanções a quem não cumprir as medidas estabelecidas.

Gostou do conteúdo? Receba nossa Newsletter. Cadastre-se.

Os especialistas da ProMinent desenvolvem soluções personalizadas e específicas de acordo com a necessidade de cada Cliente e o resultado disso são diversas aplicações e inúmeros projetos ao redor do mundo.

Entre em contato e saiba mais!

CONHEÇA TAMBÉM

TECNOLOGIA DE DOSAGEM

TECNOLOGIA DE PROCESSO

TECNOLOGIA DE MEDIÇÃO E CONTROLE

TECNOLOGIA DE TRATAMENTO E DESINFECÇÃO DE ÁGUA

Leave A Comment

Ir ao Topo