A adição de flúor na água de abastecimento público – fluoretação – é uma estratégia da saúde pública para a redução da cárie dentária na população.
A cárie é um problema na saúde bucal que afeta um grande número de pessoas em todas as regiões do país, principalmente as classes de baixa renda, que geralmente não fazem tratamento.
Há 69 anos a água de abastecimento público é fluoretada
A fluoretação na água de abastecimento público, no Brasil, já é realizada há 69 anos (desde 1953), foi iniciada numa região do Espírito Santo, onde a Fundação Nacional de Saúde – Funasa identificou, na época, um alto índice de cárie dentária.
Cinco anos mais tarde (em 1958), a Organização Mundial da Saúde – OMS reconheceu a importância da fluoretação e recomendou a prática como uma medida ideal de saúde pública.
O flúor é importante? Por quê?
É importante devido à sua eficácia em reduzir em média 35% a cárie dentária em dentes decíduos (da primeira dentição) e 26% em dentes permanentes (dentição definitiva).
O flúor, ao ser consumido, se concentra nos ossos e dentes, sendo fundamental para a dentição das crianças em seu desenvolvimento, fortalecimento, remineralização dos dentes, por isso é usado para conter a progressão de cáries e combater bactérias bucais.
Há alguma restrição? Alguma opinião negativa?
Vários estudos apresentam conclusões favoráveis e contrárias à fluoretação da água, envolvendo questões políticas, morais, éticas e de segurança pública, entre outras.
Não se trata exatamente de restrição, mas de interpretação. Havendo, assim, prós e contras com relação ao processo.
Alguns países cessaram a fluoretação, como Suécia, Finlândia, Japão, Israel, União Soviética etc. A fluoretação da água ainda é usada nos EUA, Reino Unido, Irlanda, Canadá, Austrália, Brasil e alguns outros países.
Alguns alegam inviabilidade de custo-benefício, ineficiência do controle, fatores que causam problemas de saúde etc. Outros defendem por conta das taxas de redução de cáries, principalmente da população mais carente.
Tanto é que a Organização Mundial da Saúde (OMS), defende a fluoretação como forma eficaz de prevenir a cárie dentária em comunidades pobres.
Assim como há benefícios comprovados contra a cárie dentária, há efeitos colaterais, também comprovados.
Pode-se dizer, com isso, que a fluoretação da água de abastecimento – ou a dosagem de flúor na água de abastecimento público – é cientificamente comprovada como medida terapêutica eficiente e segura, sobretudo se utilizada com critério, de acordo com os padrões e normas vigentes.
O que é fluoreto?
Os compostos de flúor são abundantes na natureza, amplamente distribuídos em nossa biosfera.
Vários elementos encontrados no solo, na água, no ar, nas plantas e na vida animal contêm fluoreto – muitos alimentos oferecem esses compostos químicos naturalmente. Conforme a água circula pelo solo, ela carrega compostos de fluoreto, logo, a água já é ligeiramente fluorada.
Apenas 10% do flúor ingerido é assimilado pelo organismo e fixam-se em tecidos duros, como ossos e dentes em formação.
Fluoreto é a forma iônica do flúor. Os compostos de Flúor comumente utilizados são: Fluoreto de Cálcio ou Fluorita (CaF2); Fluossilicato de Sódio (Na2SiF6); Fluoreto de sódio (NaF); Ácido Fluossilícico (H2SiF6).
O Manual de Fluoretação da Funasa indica que para a aplicação de flúor no sistema de abastecimento público deve-se, antes, ser realizado um levantamento do índice de CPO-D (C= Cariados; P=Perdidos; O=Obturados; D=Dentes).
Deve-se também conhecer o teor natural de íon fluoreto da água do manancial, o qual deve ser monitorado, para que se possa atingir seu benefício máximo em função da proteção da cárie e evitar o risco de causar fluorose (prejuízo ao esmalte dentário), entre outros problemas.
Quando se fala em fluoretação da água de abastecimento público, trata-se de um ajuste realizado na concentração de fluoreto natural, correção da sua deficiência, para atingir níveis recomendados para a saúde bucal.
A importância da dosagem de flúor
A legislação determina métodos, limites de dosagens, tipos de equipamentos, técnicas e responsabilidades, entre outros critérios, para a implementação e manutenção, em caráter regular e sem interrupção, dentro das normas e padrão de potabilidade.
A política de fluoretação é datada de 1974, pela Lei Federal 6.050, regulamentada posteriormente pelo Decreto 76.872/1975, determinando a fluoretação da água em sistemas públicos de abastecimento; e Portaria 635/Bsb/1975.
A legislação sofreu alterações ao longo do tempo, sendo emitidas outras portarias, anexos e normatização abrangendo ações, metas, estratégias em termos dos compostos químicos de fluoretos, valores, fiscalização das estações de tratamento, responsabilização da União e das esferas estaduais e municipais sobre a vigilância da qualidade da água de abastecimento público.
De acordo com a Portaria 635/Bsb/1975, os limites para a concentração de fluoretos na água para consumo humano variam de acordo com a média das temperaturas máximas diárias observadas durante um período mínimo de um ano (varia dependendo da temperatura do ar e local geográfico).
Sobre a importância da dosagem de flúor na água de abastecimento público, há uma relação direta entre a eficiência preventiva e sua medida efetiva para redução da cárie dentária e a adequação do teor de flúor e a continuidade do processo.
O consumo de flúor em altas doses tem efeito tóxico, provocando desde a fluorose dentária e distúrbios gástricos, com sintomas como náuseas, vômitos e diarreia, até problemas irreversíveis, dependendo do percentual ingerido.
Concluindo
A água tem uma importância inegável para as políticas de saúde pública. A presença do flúor no meio bucal é essencial para o seu efeito preventivo contra a cárie ao longo da vida do indivíduo.
A fluoretação das águas de abastecimento público consiste em adicionar e controlar os teores predeterminados de fluoreto com a finalidade de promover efeitos preventivos à população.
Para isso, a ProMinent fornece sensores e medidores de flúor para grandes companhias de tratamento de água e outras aplicações. A tecnologia ProMinent permitiu a construção se sensores com cristal LaF3, que evita contaminação cruzada nas medições e funciona sem a utilização de reagentes, o que garante maior economia e reduz os impactos ao meio ambiente.
É muito importante que o flúor seja medido e controlado pois, apesar de extremamente importante para a saúde bucal e de alterar positivamente a incidência da cárie dentária, como mencionado, o excesso ou o descontrole da dosagem de flúor pode resultar em alguns problemas à saúde bucal e geral das pessoas.
Cabe, portanto, à Vigilância Sanitária e, solidariamente, à União, Estados e Municípios garantir os níveis de potabilidade da água de abastecimento público para consumo humano, sendo indispensável o controle das medidas para manutenção dos índices ideais de flúor, uma vez que a saúde é um direito de todo cidadão.
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