A água destinada ao consumo humano deve oferecer qualidade de modo a preservar a saúde das pessoas que a consomem, pois mesmo límpida, geralmente apresenta impurezas químicas, físicas e biológicas em sua composição.
A qualidade da água advinda de poços artesianos varia muito, devido ao seu deslocamento por entre rochas e solos, e ao longo do caminho vai se misturando e carregando compostos, entre eles o fluoreto.
Flúor e fluoreto, tem diferença?
Flúor
O flúor (F) é um elemento químico bastante reativo e eletronegativo entre os demais, presente naturalmente em toda água. É encontrado na natureza em sua forma iônica, ou seja, por meio do fluoreto somado ao hidrogênio e metais.
Representa a décima terceira maior disponibilidade na natureza e é presente nos compostos: fluoreto de hidrogênio, ácido fluorídrico, ácido fluossilícico, ácido hexafluorosilícico, ácido hidrofluorosilícico, ácido fluossilícico, hexafluorosilicato de sódio, hexafluorosilicato dissódico ou silicofluoreto de sódio.
Os compostos de flúor são abundantes na biosfera, em concentrações variadas, em rochas, solos, plantas, no ar e se apresenta de forma mais comum diluído nas águas de lagos, poços, rios e oceanos.
Fluoreto
É encontrado tanto na água superficial como na água subterrânea, sendo sua concentração nessa água variável desde <1 até 25 mg/l, ou mais, a depender de características geológicas, químicas e físicas locais.
No caso da água de abastecimento, são adicionados fluoretos (fluoreto de sódio, ácido fluorsilícico e o hexafluorsilicato de sódio) para a fluoretação (em baixa concentração, de acordo com as leis vigentes). No ambiente, os fluoretos são liberados por meio de fontes naturais.
A concentração de fluoreto tem relação com o grau de precipitação local, o que provoca a lixiviação de depósitos naturais. Lixiviação é um processo de retirada de nutrientes do solo por diversos agentes naturais, especialmente a água.
No solo, a concentração de fluoretos aumenta com a profundidade. Na superfície do solo, a quantidade de fluoreto pode aumentar pela aplicação de fertilizantes à base de fosfato que contenham fluoreto, por agrotóxicos, água de irrigação ou pela deposição de gases e emissão de material particulado.
O fluoreto acumula-se em algumas plantas e nos ossos de animais terrestres que consomem folhas contendo fluoreto.
O nível natural de flúor também pode variar dependendo das estações, do clima e do uso da terra.
E quais são os efeitos na saúde humana?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o uso de fluoretação tanto das águas quanto dos sais para a diminuição do índice de cáries até cerca de 2 mg/L, protege contra cárie dentária, principalmente em crianças e a concentração mínima em água para beber necessária para produzir esse efeito protetor é de 0,5 mg/L.
Se ingerido adequadamente, traz benefícios à saúde bucal de crianças e adultos.
A ingestão acima do limite, por sua vez, faz com que o fluoreto cause efeitos adversos no esmalte do dente, provocando, por exemplo, fluorose dentária, principalmente no período de desenvolvimento dos dentes em crianças, entre tantos outros problemas.
Em 1945, nos EUA, e em 1953, no Chile e Brasil, a água passou a ser fluoretada. Foram levantados dados que indicaram incidências altas de cáries nessas regiões.
A atual Portaria do Ministério da Saúde n° 2.914 de 2011 determina que a água potável deve conter uma concentração máxima de 1,5 mg/L de fluoreto.
Água de poço pode conter flúor?
Em toda a crosta terrestre os fluoretos têm presença marcante, e a água pode conter fluoretos. As concentrações são variadas.
Nas águas subterrâneas, fontes naturais de água, podemos encontrar grande variação de flúor, sendo que a concentração depende de características locais, por exemplo, a natureza rochosa, os minerais.
Em vista disso, a resposta é afirmativa: sim, água de poço pode conter flúor/ fluoreto.
E como remover?
O valor limite dos fluoretos na água destinada a consumo humano não pode exceder 1,5 ppm, que é o valor máximo recomendado pela OMS. No caso, devem ser corrigidos para restabelecer a qualidade da água. É importante se atentar às leis e recomendações locais, que podem ser mais restritivas.
E sobre como remover excessos, a desfluoretação pode ocorrer por meio de várias técnicas, a principal é a desmineralização, baseada em mecanismos de adsorção por resina, troca iônica.
A remoção pode ser feita por meio de substâncias que apresentem propriedades de troca aniônica, tais como resinas sintéticas, hidróxidos duplos lamelares (HDL) e zeólitas modificadas.
A troca iônica trata-se de um processo químico que faz a troca de íons dissolvidos indesejados na água e águas residuais por outros íons com uma carga semelhante. E esse processo de troca ocorre entre um sólido (resina ou zeólita) e um líquido (água).
Concluindo…
Em conclusão, os poços destinam-se a atender a grande demanda de água aos usuários particulares e empresas, condomínios, sítios, fazendas etc.
Em geral as águas subterrâneas têm um teor de qualidade superior às águas superficiais, fatores como cor, turbidez e odor, até exigindo menos aparatos para seu tratamento.
As características da água e sua qualidade dependem de parâmetros físicos (cor, turbidez, sabor, odor, temperatura), químicos (pH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro, manganês, cloretos, nitrogênio, fósforo, oxigênio dissolvido, flúor, matéria orgânica, micropoluentes orgânicos e inorgânicos) e biológicos (organismos patogênicos, algas, bactérias).
A presença do íon fluoreto nas águas,seu excesso pode causar doenças. Devendo, nesse caso, ser removido por tratamentos específicos, como o processo de desmineralização
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Poço com teor de Fluor em torno de 2,6. O que preciso fazer. É uma solução cara?
Agradeço as informações
Olá, João! O recomendado é que o flúor permaneça em torno de 0,75 ppm. É comum que para corrigir esse problema seja feita uma diluição com água sem flúor.
Para isso, uma das soluções é utilizar filtro de osmose inversa ou abrandadores para remover esse flúor e então misturar essa água sem flúor com a água original, diluindo a concentração para os 0,75 ppm. O preço desses sistemas varia de acordo com a vazão que você tem de água.
A ProMinent fornece a parte de automação, medição e controle do sistema. Temos sensores de flúor e controladores que podem enviar sinais a válvulas solenoides para realizar essa diluição. Porém esses sistemas de osmose reversa ou abrandadores será necessário que o senhor adquira com alguma empresa de engenharia especializada nesses produtos.
Boa tarde! Temos um poço artesiano em um condomínio, com profundidade de 300 m e 13mil L/h. Após analise foi identificado teor de flúor de 0,74 mg/L. Existe risco de aumentar este teor, podendo exceder o limite, devido alguma interferência climática, que tenhamos que manter monitoramento?