As mineradoras geram uma alta quantidade de rejeitos não reaproveitáveis como subprodutos, que são chamados de passivos ambientais.
Passivos ambientais é o nome dado ao conjunto de danos causados ao meio ambiente, por exemplo: contaminação do solo, do ar, da água, emissão de gases poluentes, desequilíbrio ambiental, poluição, desmatamento, queimadas, entre outros.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), cabe às empresas de mineração a responsabilidade pela reversão ou compensação de qualquer degradação provocada pelas suas atividades – elas devem ter um plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
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Rejeitos de mineração e impactos ambientais
Rejeitos de mineração são resíduos de granulação fina na forma de lodo, são subprodutos resultantes do processamento de minérios e minerais. A sobra do processo de beneficiamento do minério, sem valor comercial.
São minérios pobres (com baixa concentração de ferro) e areia, além da água – em resumo, é a lama.
Esses rejeitos ficam contidos, geralmente, em barragens de rejeito, a fim de minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente. Encontrados em grandes tanques de sedimentação ou lama, se transformam num grande risco para o meio ambiente.
Essas barragens são construções feitas com barramentos maciços e impermeáveis e dispositivos de drenagem, para garantir a retenção de materiais sólidos ou líquidos, e no caso das mineradoras, armazenar todo material não aproveitado após o beneficiamento.
Elas correm o risco de se romper por dois motivos – fenômeno da natureza (terremoto, tsunami, catástrofes) ou falha humana (erro em projetos, má escolha do local da barragem, operação inadequada, falta de fiscalização, má condições de segurança etc.).
Sobre o tratamento, conforme o tipo de resíduo que a empresa está recolhendo para tratamento, é importante seguir pelo menos três leis: Lei 12.305/2010 – Política Nacional dos Resíduos Sólidos; Lei 11.445/2007 – Política Nacional de Saneamento Básico; Lei 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais.
Impactos ambientais
Como definido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), impactos ambientais são quaisquer alterações “[…] das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam o bem-estar e a saúde da população; as atividades socioeconômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.”
A mineração, mesmo sendo considerada como essencial para o desenvolvimento socioeconômico (o faturamento do setor mineral: passou de R$ 209 bilhões em 2020 para R$ 339 bilhões em 2021), ela promove vários impactos ambientais, de alto potencial ao meio ambiente, tais como:
- Poluição e contaminação dos recursos hídricos
- Poluição, contaminação e compactação do solo
- Desmatamento
- Degradação da paisagem
- Poluição/alterações na qualidade do ar
- Redução da biodiversidade
- Redução da disponibilidade de minerais
Entre outros, citamos dois grandes exemplos de impacto ambiental: o rompimento da Barragem do Fundão, Mariana (MG), em 2015, pertencente à mineradora Vale e controlada pela Samarco Mineração. E o rompimento da Barragem de Brumadinho (MG), da Vale, em 2019, um dos maiores desastres-crimes ambientais do Brasil.
Uso de polímeros no tratamento de rejeitos
O tratamento de água, muitas vezes, apresenta problemas de má floculação, e o polímero é um dos principais auxiliares de floculação – provocando flocos mais densos e de fácil sedimentação.
São macromoléculas compostas por centenas de micromoléculas orgânicas – os monômeros – que se agrupam através de ligações covalentes, em uma reação química conhecida como polimerização, dando origem ao dímero, trímero, tetrâmero, até chegar ao polímero.
Na Antiguidade eram utilizados polímeros naturais, e a partir do século XIX, passaram a ser desenvolvidos artificialmente, requerendo cada vez mais tecnologia por envolver reações químicas orgânicas.
Em resumo, conforme sua natureza, podem ser classificados em naturais ou biopolímeros (amido, lã, couro, proteínas, borracha, madeira, couro etc.), encontrados na natureza; e os artificiais (sintéticos / os mais importantes na indústria mineral são: poliacrilamidas (PAM), polioxidoetileno (POE) etc.) produzidos em laboratórios, geralmente a partir do petróleo.
Os polímeros podem ter caráter catiônico (carga positiva / geralmente usado como coagulante primário), aniônico (carga negativa) ou não aniônico (sem carga) normalmente usados em conjunto com coagulantes metálicos e podem gerar uma boa redução de dosagem de coagulantes – são popularmente conhecidos como polímeros, polieletrólitos e floculantes.
Para a eliminação de sólidos em líquidos é necessário recorrer à aplicação de polímeros líquidos ou em pó. Isto é feito com estações de dosagem de polímeros e sistemas de dosagem.
Com a adição de polímero as lamas de concentrado de minério se precipitam mais rapidamente ao solo. A tecnologia de comunicação eficaz facilita a interação dos componentes envolvidos. O que chamamos de suspensão na mineração. Os polímeros aceleram a separação de líquidos/sólidos e asseguram um tratamento eficaz e econômico.
Desidratação de rejeitos de mineração
É uma tendência o armazenamento de rejeitos desidratados, por ser econômico em termos de custo e espaço, com significativa redução, além de poupar o meio ambiente.
Os rejeitos desidratados são armazenados no solo, seguindo regulamentos estatutários. O armazenamento de lodo seco processado oferece menor risco ao ambiente; inclusive, a água de todo esse processo pode ser reciclada.
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